As aranhas passam o tempo tecendo teias perfeitas e intrincadas, mais fortes do que o aço e mais elásticas do que um elástico. Mas essa façanha requer muito pouca inteligência. Um novo estudo indica que as pernas de uma aranha agem sem supervisão de seu cérebro, construindo teias com a mesma autonomia de um batimento cardíaco humano.
Ao filmar e avaliar os movimentos de uma aranha de jardim comum (Araneus diadematus, para ser mais preciso), os pesquisadores Fritz Vollrath e Thiemo Krink descobriram que as pernas da aranha repetem um “padrão de ação” fixo para medir e organizar cada fio de teia. Cada perna atua como um agente independente durante esse processo de construção, liberando a aranha para procurar predadores e outras ameaças. Você pode ver um exemplo de “padrão de ação” de construção de teia de aranha no vídeo abaixo, junto com algumas palavras do pesquisador Thiemo Krink.
Essa fiação descentralizada ajuda a explicar como as pernas de aranha crescidas, que raramente têm o mesmo tamanho ou formato da perna que substituíram, tecem teias perfeitas sem qualquer prática. Como a aranha não “sabe” como construir teias com suas pernas, ela não precisa reaprender a fiar na teia quando cria uma perna substituta.
Fritz Vollrath e Thiemo Krink esperam que esta pesquisa possa ajudar a desenvolver membros avançados de robôs, que podem se beneficiar de algumas funções automatizadas. Um membro robótico pode antecipar seus movimentos pretendidos, por exemplo, economizando tempo e esforço que você poderia gastar no microgerenciamento de cada um dos componentes da prótese.
Fonte: Fritz Vollrath e Thiemo Krink via The Royal Society Publishing, Phys.org